Como ocorre a remoção de nitrogênio nos efluentes?
A remoção de nitrogênio nos efluentes pode ocorrer por meio de diferentes processos, sendo os principais a nitrificação e desnitrificação. Esses processos são geralmente realizados em estações de tratamento de águas residuais (ETARs) ou em sistemas de tratamento de efluentes.
Nitrificação: A nitrificação é o processo pelo qual o nitrogênio amoniacal (NH4+) presente nos efluentes é convertido em nitrato (NO3-). Esse processo ocorre em duas etapas, realizadas por diferentes grupos de bactérias:
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a) Oxidação do amônio (nitrificação parcial): Bactérias oxidam o amônio a nitrito (NO2-).
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b) Oxidação do nitrito (nitrificação completa): Outro grupo de bactérias converte o nitrito em nitrato.
A nitrificação requer condições aeróbias, ou seja, a presença de oxigênio dissolvido.
Desnitrificação: A desnitrificação é o processo pelo qual o nitrato (NO3-) é reduzido a nitrogênio molecular (N2) ou nitrogênio gasoso. Esse processo ocorre em condições anaeróbias, ou seja, na ausência de oxigênio. As bactérias desnitrificantes utilizam o nitrato como fonte de oxigênio, liberando nitrogênio gasoso para a atmosfera.
A desnitrificação é geralmente realizada em etapas subsequentes à nitrificação, em que o efluente é direcionado para áreas com baixo teor de oxigênio ou em sistemas de tratamento específicos projetados para promover a desnitrificação.
Outros processos: Além da nitrificação e desnitrificação, existem outros processos de remoção de nitrogênio, como a volatilização de amônia (liberação de amônia gasosa para a atmosfera), assimilação biológica por plantas aquáticas e processos de adsorção em materiais filtrantes ou adsorventes.
Vale ressaltar que a escolha e a eficiência dos processos de remoção de nitrogênio dependem das características do efluente, da disponibilidade de recursos e do nível de tratamento desejado.