O objetivo principal é ampliar a rede de saneamento básico, realizar a desassoreamento do rio, removendo areia, sedimentos e detritos acumulados, melhorar o monitoramento da qualidade da água e recuperar a fauna e a flora no entorno do Tietê, de acordo com representantes da Secretaria de Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística, do Departamento de Águas e Energia Elétrica (DAEE) e da Sabesp.

 

A primeira tentativa de melhorar as condições do Rio Tietê ocorreu em 1992, há quase 30 anos, e já custou à Sabesp mais de R$ 3 bilhões.

 

A secretária do Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística, Natália Resende, reconhece os desafios e afirmou que essa dificuldade, juntamente com o tempo e o dinheiro investidos, são motivos para considerar práticas que já foram aplicadas e bem-sucedidas.

 

“É essencial reunir todos os envolvidos para discutir o assunto, por isso a participação dos comitês tripartites é muito importante. Queremos ser mais efetivos e implementar políticas que sejam de interesse do estado. Sabemos que não será possível despoluir totalmente o rio em 4 anos, mas precisamos garantir essa segurança para a sociedade, inclusive em termos de cobrança.”

 

Gustavo Veronesi, coordenador da causa “Água Limpa” da SOS Mata Atlântica, vê resultados encorajadores com as iniciativas de despoluição. Segundo ele, “nas últimas décadas, o Rio Tietê tem apresentado sinais de melhora. A mancha de poluição, que medimos, tem diminuído ao longo do tempo, e estão sendo realizados trabalhos de recuperação e, principalmente, de coleta de esgoto. Esperamos que esse progresso continue no próximo governo, que já está em gestão”.

 

O Tietê é o rio mais emblemático do estado de São Paulo, atravessando a Região Metropolitana ao longo de aproximadamente 1.100 quilômetros. Ele passa por 62 municípios, cortando o interior do estado e dividindo a cidade de São Paulo ao meio.