A eficácia do cloro está intimamente relacionada ao pH da água, e aqui estão algumas razões para isso:

 

1. Formas Químicas do Cloro:

   • O cloro existe em diferentes formas químicas em solução aquosa, sendo as mais comuns o ácido hipocloroso (HOCl) e o íon hipoclorito (OCl⁻). A forma molecular (HOCl) é mais eficaz como desinfetante do que a forma ionizada (OCl⁻).
      

2. Dependência do pH:

   • O pH afeta o equilíbrio entre HOCl e OCl⁻. Em pH mais baixo (ácido), há uma predominância de HOCl, enquanto em pH mais alto (alcalino), há mais OCl⁻. Portanto, águas com pH mais baixo tendem a ter uma ação desinfetante mais eficaz devido à presença de uma quantidade maior de HOCl.
      

3. Eficácia Reduzida em pH Elevado:

   • Em ambientes com pH elevado, a eficácia do cloro pode ser reduzida, já que a forma ionizada (OCl⁻) é menos eficaz na eliminação de microrganismos. Isso pode resultar em um aumento na demanda de cloro para atingir o mesmo nível de desinfecção.
      

4. Reações com Amoníaco:

   • Em águas com pH mais alto, o cloro pode reagir com compostos contendo nitrogênio, como amônia, para formar subprodutos indesejados, como cloraminas. Esses subprodutos podem ser menos eficazes como desinfetantes e também podem apresentar riscos à saúde.
      

5. Controle do pH:

   • Manter o pH da água em uma faixa adequada é fundamental para otimizar a eficácia do cloro como desinfetante. A faixa recomendada costuma ser entre 7,0 e 7,6 para água potável e piscinas.
      

O controle cuidadoso do pH é essencial para garantir a eficácia do cloro como desinfetante. O monitoramento regular do pH e ajustes necessários são práticas padrão em sistemas de tratamento de água para garantir a desinfecção adequada e a segurança da água.