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Aegea investe R$ 50 milhões em Governador Valadares no primeiro ano de concessão

09/04/25

Aegea investe R$ 50 milhões em Governador Valadares no primeiro ano de concessão

Divulgação Aegea

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A Águas de Valadares, subsidiária da gigante do setor de saneamento básico Aegea em Governador Valadares, no Vale do Rio Doce, realizou investimentos de mais de R$ 50 milhões no primeiro dos seus 30 anos de concessão, completado neste mês. Em meio aos desafios encontrados no período, que farão a empresa rever planos, a holding espera fazer da cidade uma vitrine para o mercado mineiro – com o leilão da concessão da vizinha Ipatinga, no Vale do Aço, no radar.

Após sucessivas contestações, principalmente no âmbito judicial, a Prefeitura de Ipatinga revogou o edital do certame e abrirá consulta pública para publicação de um novo documento.

O diretor-presidente da Águas de Valadares, Erich Wyatt, ressalta que a subsidiária valadarense não participa da tomada de decisão da Aegea em entrar ou não nos certames do setor, mas aponta que o edital do leilão do saneamento de Ipatinga deverá ser estudado e, caso esteja alinhado com as premissas da holding, ela terá interesse na concessão.

“Se o edital vier a ser publicado, a Aegea vai com certeza analisar, avaliar os prós e os contras, o resultado do projeto, em linha com suas premissas corporativas, e isso estando adequado, aderente, provavelmente virão a participar sim”, disse.

Atualmente a Aegea está presente em 766 cidades no Brasil e seus serviços alcançam mais de 33 milhões de pessoas. Com uma população de 257 mil habitantes, a concessão de Governador Valadares é considerada de porte médio para a holding. Mesmo assim, a cidade foi encarregada de abrir os caminhos da empresa em um novo mercado.

“O principal objetivo da Aegea em Valadares de fato foi ingressar em Minas Gerais, buscando mais um estado a ser atendido e fazer de Valadares uma vitrine, em termos de atendimento do serviço, buscando desdobrar isso em outros municípios e fazer parte da evolução do saneamento no Brasil”, disse Wyatt.

A concessionária deverá investir cerca de R$ 1,3 bilhão em 30 anos na infraestrutura de saneamento básico no município do Vale do Rio Doce. Com 73 anos, o Serviço Autônomo de Água Esgoto (SAAE) de Governador Valadares é o mais antigo do País e acumulava uma defasagem histórica em manutenção e modernização.

Para este ano, o diretor-presidente da Águas de Valadares indica que o investimento da empresa na cidade deve continuar no patamar do realizado no primeiro ano de concessão, mas que o valor ainda não está fechado. Dependerá das necessidades que a concessionária encontrar no município para poder determinar o tamanho dos aportes.

Desafios no saneamento podem mudar contrato de concessão
A Águas de Valadares inaugurou no final do mês passado a Estação de Tratamento de Esgoto (ETE) Santos Dumont. Ela começou a operar com o tratamento de 60 litros por segundo (l/s) de esgoto, o que fez a empresa já alcançar a meta de 10% de esgoto tratado estipulada para o ano. A capacidade total de tratamento da ETE Santos Dumont é de 240 l/s, o que pode possibilitar até mesmo adiantar as metas dos anos seguintes neste quesito.

O investimento nessa primeira etapa da ETE foi de R$ 5 milhões. Wyatt aponta que alcançar a meta de tratamento de esgoto o quanto antes é o principal alvo da Aegea em Governador Valadares. “Para a gente traz uma valorização e visibilidade, em termos de atendimento ao novo Marco do Saneamento, assim como regularizar o abastecimento”, explicou.

Apesar disso, algumas pedras foram encontradas no caminho do primeiro ano de concessão. Os níveis de perdas de água atuais, no sistema da cidade, são muito maiores que o mínimo de perda permitido, de 50%, estabelecido no contrato para o início da concessão.

O imprevisto obrigou a subsidiária da Aegea a se movimentar. A empresa fará um estudo para identificar qual o tamanho real dessa perda, para poder estabelecer novas metas de melhoria e redução do problema. Inicialmente, a perda de água deveria cair para 25% em 2034.

Wyatt explica que, a partir do estudo da Águas de Valadares, será decidido como a mudança das metas em perdas de água será acomodada no contrato de concessão, seja por meio de um ajuste previsto no contrato, ou, se haver a necessidade de mais investimento, poderá resultar em um aditivo contratual para reequilíbrio econômico-financeiro.

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