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Belém inova e adota tecnologia sustentável no tratamento de efluentes para a COP30

19/03/25

Belém inova e adota tecnologia sustentável no tratamento de efluentes para a COP30

Belém Negócios

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Às vésperas da COP30, Belém se consolida como um exemplo de inovação ambiental ao implantar tecnologias sustentáveis para o tratamento de efluentes urbanos. O Parque da Cidade e a Nova Doca serão os primeiros espaços a utilizar sistemas naturais de filtragem da água, com o objetivo de preservar a natureza, reduzir impactos ambientais e criar um legado sustentável para a população.

Uma das grandes apostas da cidade são os wetlands construídos, conhecidos como "jardins filtrantes", que utilizam plantas para purificar a água sem a necessidade de produtos químicos. O modelo já é amplamente utilizado em países como Suécia, Noruega, Inglaterra e Omã, e agora chega à capital paraense para revolucionar o saneamento urbano.

Wetlands: a tecnologia verde que chega a Belém

Os wetlands são sistemas naturais de tratamento de efluentes que utilizam plantas macrófitas, como taboa, papiro e inhame, para filtrar a água de maneira eficiente e sustentável.

No Parque da Cidade, os wetlands terão capacidade de tratar até 118m³ de efluentes por dia, o equivalente ao consumo de quase 3 mil pessoas. Além de purificar a água de forma ecológica, o sistema não gera resíduos químicos e requer baixa manutenção, tornando-se uma alternativa viável para o saneamento urbano.

Já na Nova Doca, a tecnologia será ainda mais avançada. O projeto contará com:

Wetlands flutuantes – ilhas artificiais onde as plantas absorvem a matéria orgânica da água;

Jardins de chuva – áreas permeáveis que captam e tratam a água naturalmente;

Biovaletas – canais vegetados que filtram resíduos diretamente no solo.

O diretor de Valor Social da Vale, Lourival Neto, explica que a solução une inovação e preservação ambiental.

“Os wetlands utilizam a própria natureza para tratar esgoto, sem necessidade de produtos químicos ou alto consumo energético. Além disso, o efluente será tratado no próprio parque, sem sobrecarregar o sistema público”, afirma.
Parque da Cidade: um legado sustentável para Belém
Com 75% das obras concluídas, o Parque da Cidade está sendo construído em uma área de 500 mil m², onde funcionava um antigo aeroporto. Além de abrigar a COP30, o espaço será um grande polo verde para Belém, reunindo:

1.500 árvores e 190 mil plantas ornamentais;

Reaproveitamento de água da chuva;

Energia solar fotovoltaica;

Lago artificial, ciclotrilha, ecotrilha e boulevard gastronômico.

Após a COP30, o parque será entregue à população e se tornará um marco sustentável para a cidade, com projetos educativos e iniciativas ecológicas que vão além da conferência.

Nova Doca: tecnologia e preservação dos rios de Belém
A revitalização da Nova Doca também tem foco na sustentabilidade. O espaço contará com um novo sistema de esgoto, ciclovias, academia ao ar livre e áreas verdes, além de recuperar a conexão entre a cidade e seus rios.

Com 63% das obras concluídas, o projeto visa proteger pontos turísticos icônicos, como Porto Futuro II, Estação das Docas e Ver-o-Rio, tornando-os mais acessíveis e ambientalmente responsáveis.

Fernando Santiago Miranda, gerente de engenharia do projeto, explica o impacto da iniciativa.

“Estamos criando um ecossistema novo, onde as plantas e microrganismos fazem o trabalho de filtragem, ajudando a recuperar nossos rios sem poluir ainda mais o meio ambiente”, destaca.

Sustentabilidade na COP30: exemplo para o mundo

A escolha de Belém como sede da COP30 já destacava a cidade como símbolo da preservação da Amazônia. Agora, com essas iniciativas, a capital paraense se torna um modelo global de sustentabilidade urbana, adotando soluções inovadoras que poderão inspirar outras cidades do Brasil e do mundo.

Para a vice-governadora Hana Ghassan, essa transformação é essencial para o futuro da cidade.

“Não estamos apenas construindo espaços urbanos, estamos criando um novo modelo de cidade sustentável. O Parque da Cidade e a Nova Doca vão mostrar ao mundo que é possível unir desenvolvimento e preservação ambiental”, afirma.

Com a implementação dessas tecnologias, Belém caminha para se tornar referência em inovação ambiental, reforçando seu compromisso com o meio ambiente e deixando um legado sustentável para as futuras gerações.

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