Com investimentos de R$ 180 milhões, conheça projetos que atuam na preservação das águas de MS
25/03/24
divulgação/governo federal
Em Mato Grosso do Sul, cinco projetos que visam preservar as águas do estado são financiados pela Fundação de Apoio ao Desenvolvimento do Ensino, Ciência e Tecnologia do Estado de Mato Grosso do Sul (Fundect-MS).
A preservação dos recursos hídricos locais são primordiais para a manutenção da biodiversidade. A Fundect destacou cinco iniciativas ligadas diretamente ao estudo e preservação da água. São projetos inovadores que envolvem reciclagem de produtos, análises ambientais, melhorias no planejamento urbano, além de estudos sobre o pantanal.
"Por meio de nossos editais, como o Carbono Neutro, nós temos realizado esforços para garantir que os investimentos em tecnologia cheguem a todas as áreas do Estado. Não é diferente com a preservação de nossas águas. Nós da Fundect temos um compromisso de promover a pesquisa científica como ferramenta fundamental para o desenvolvimento, e isso inclui a gestão sustentável dos recursos naturais", explica Márcio de Araújo Pereira, presidente da Fundect.
Infraestruturas Verdes e Azuis nas Cidades
Coordenado por Paula Loureiro Paulo, da Universidade Federal da Mato Grosso do Sul (UFMS), especialista em Engenharia Sanitária e Ambiental, o projeto propõe a utilização das águas urbanas alternativas para fortalecer infraestruturas verdes (como plantações nas ruas, conservação de áreas e florestas, além de agricultura urbana) e azuis (que incluem lagos, rios urbanos, mangues, baías, dentre outros).
A estratégia inclui o tratamento de efluentes - líquidos resultantes do descarte do esgoto - para reutilização da água em atividades não potáveis, aliando-se às águas pluviais.
Um dos objetivos do projeto é reduzir a demanda de produção e tratamento de água pelas concessionárias de saneamento, além de aumentar a segurança hídrica das comunidades urbanas.
Identificação de Micro-organismos Bioindicadores em Bonito/MS
Alinne Pereira de Castro, da Universidade Católica Dom Bosco (UCDB), lidera uma pesquisa que emprega DNA metagenômico (material genético recuperado diretamente de amostras ambientais) para identificar micro-organismos bioindicadores de qualidade ambiental em Bonito (MS).
O estudo deve fornecer dados cruciais para a preservação dos recursos naturais, particularmente importantes em uma região onde o ecoturismo é vital para a economia local.
A análise da microbiota (conjunto de organismos que habitam um ecossistema) associada ao sedimento e à água superficial das bacias cênicas ajuda a avaliar a sensibilidade desses ecossistemas e contribui para o estabelecimento do turismo sustentável.
Avaliação dos Impactos dos Microplásticos na Cadeia Trófica
Sob a coordenação do professor Luiz Ubiratan Hepp, da UFMS, o projeto investiga a existência de microplásticos na cadeia trófica aquática (onde estão o fitoplâncton, plantas microscópicas e bactérias) em Mato Grosso do Sul.
O foco do projeto são os riachos das bacias hidrográficas dos rios Verde e Sucuriú para compreender os efeitos dos poluentes nos organismos vivos presentes nas águas.
Estudo da Dinâmica Hidrossedimentar no Pantanal Sul-mato-grossense
Com a orientação do professor Aguinaldo Silva, da UFMS, o projeto estuda as mudanças ambientais no Pantanal ao longo do Período Quaternário e a dinâmica dos sistemas fluviais na região. Como uma das principais áreas úmidas do planeta, o Pantanal enfrenta desafios significativos relacionados à preservação ambiental, tornando a pesquisa crucial para compreender e proteger o lugar.
Uso de resíduos de chás e erva-mate como absorvente no tratamento de água
Também pode ser destacado o projeto da professora Silvanice Aparecida Lopes dos Santos, da UFMS. A pesquisa se propõe a estudar as possibilidades de uso de resíduos de chás e erva-mate como adsorventes no tratamento de água.
A ideia oferece soluções para a preservação ambiental e promove o aprendizado científico e tecnológico, incentivando a formação de profissionais capacitados para enfrentar os desafios do desenvolvimento sustentável no Estado.