A Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA) participou nesta terça-feira, 3 de junho, do evento com o tema Vire Carranca, um Grito pelo Velho Chico – Unidos pelo Rio da Integração, que aconteceu no auditório do Memorial Darcy Ribeiro na Universidade de Brasília (UnB). Realizado pelo Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio São Francisco (CBHSF), o encontro faz parte da 12ª edição da campanha Eu Viro Carranca para Defender o Velho Chico e tem o intuito de engajar a sociedade na proteção rio São Francisco e chamar a atenção de autoridades e especialistas para demonstrar a importância do rio.

Um dos temas debatidos no evento foi o corte dos recursos financeiros para gestão das águas das bacias federais, que foi abordado pelo CBHSF e membros de outros comitês de bacias federais.

O diretor interino da ANA Marcelo Medeiros participou da mesa de abertura representando a Agência e trouxe as dificuldades que estão sendo enfrentadas devido ao orçamento reduzido. “E a gente começou a diminuir o monitoramento no País. Isso já vinha acontecido de uma forma bem discreta, pequena, porque o orçamento vinha caindo. E, a partir do ano passado, ficou muito pior. A gente começou a reduzir a presença no território. Este ano o corte é tão grande que a gente perdeu 40% do orçamento do monitoramento nacional”, alertou Medeiros.

Marcelo ainda falou sobre como tem pensado em lidar com os cortes orçamentários. “E como gestor eu tenho uma decisão muito complicada que eu tenho que resolver até o meio do ano: se a gente diminui o número de pontos de monitoramento, o que é muito ruim, ou se a gente diminui as vezes que a gente vai no campo dar manutenção. Eu posso ter presença territorial, mas isso, do ponto de vista da qualidade técnica do serviço, ele cai muito. O dado deixa de ter qualidade isso também é muito ruim”, completou o diretor interino.

Além de Marcelo Medeiros, estavam presentes na mesa de abertura o presidente do Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio São Francisco (CBHSF), Maciel Oliveira; a secretária executiva adjunta do Ministério do Meio Ambiente (MMA), Anna Flávia Franco; o secretário do Meio Ambiente da Universidade de Brasília, Valdir Adilson Steinke; e o superintendente de Recursos Hídricos da Agência Reguladora de Águas, Energia e Saneamento Básico do Distrito Federal (ADASA), Gustavo Carneiro.

Também foram discutidos os desafios para a gestão das águas no rio São Francisco, mudanças no bioma e saneamento básico. Além disso, ocorreu uma palestra sobre o Plano Integrado de Recursos Hídricos e ações da ANA direcionadas para a bacia hidrográfica do rio São Francisco realizada pelo especialista em regulação de recursos hídricos e saneamento básico da Agência, Erik Cavalcanti e Silva, entre outras atividades.

Rio São Francisco

O rio São Francisco nasce na Serra da Canastra (MG), e chega à sua foz, no Oceano Atlântico, entre Alagoas e Sergipe, percorrendo cerca de 2.800km, passando por Minas Gerais, Bahia, Pernambuco, Alagoas e Sergipe. O Velho Chico é o rio 100% nacional com maior extensão. A bacia possui 503 municípios e engloba parte do Semiárido, que corresponde a aproximadamente 58% desta região hidrográfica, que está dividida em quatro unidades: Alto, Médio, Submédio e Baixo São Francisco.

Assessoria Especial de Comunicação Social (ASCOM)
Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA)
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