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Entenda como a reforma tributária poderá afetar o setor imobiliário a partir de 2026

30/12/25

Entenda como a reforma tributária poderá afetar o setor imobiliário a partir de 2026

Noticias R7

Os impactos da reforma tributária no mercado imobiliário serão menores, ainda que significativos, se comparados a outros segmentos, como serviço e indústria. Em entrevista ao Conexão Record News desta segunda-feira (29), o professor Piraci Oliveira explica que os efeitos devem ser sentidos aos poucos.

“Em 2026 nós teremos uma situação de neutralidade. Não haverá nenhum impacto porque é uma fase de testes. Em 2027 e 2028 eu ousaria dizer que ela reduzirá a carga fiscal. Em 2029 ela começa com um impacto muito pequeno, vai subindo um pouquinho e nós vamos sentir esse efeito maior, de algum custo, em 2032, 33”, diz.

A reforma, que inicia seu período de teste em 2026, deve ter efeito em especial sobre os imóveis de alto padrão, que podem ter aumento de carga de tributos. Enquanto isso, os empreendimentos populares serão beneficiados. Oliveira pontua que “a reforma tributária é uma reforma do consumo, então ela altera os tributos do consumo”.

“Na construção civil isso vai ser especialmente notado porque a venda e aluguel de imóveis não paga ISS nem ICMS. Então, quando iniciar a existência do IBS, nós sentiremos uma nova carga fiscal. Ele entra de maneira progressiva entre 2029 e 2032, então nós temos um tempo ainda de tranquilidade nesse mercado”, ressalta.

O IBS (Imposto de Bens e Serviços) foi concebido para simplificar o atual sistema de cobrança de impostos. Ele substituirá os atuais ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) e ISS (Imposto Sobre Serviços).

As novidades ainda devem impactar o aluguel de imóveis de curta temporada — como os que funcionam por locação em plataformas —, que passam a ser equiparados à rede hoteleira e ter uma tributação maior que a locação comum.

“Mudou muita coisa e eu sinto no mercado um baixo nível de conhecimento daqueles que vão operar isso daqui a três dias”, pondera o professor, que ressalta a importância de se manter atento ao cenário próximo. “Na virada do ano, estoure o champanhe e saiba que teremos um ano bem diferente”, conclui.

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