Estudo prevê mais de R$ 520 milhões para universalizar saneamento em Lajeado

Serão necessários investimentos superiores a R$ 520 milhões para que Lajeado cumpra as metas do Novo Marco Legal do Saneamento. O valor consta em um estudo técnico que avaliou a situação atual dos sistemas de abastecimento de água e esgotamento sanitário no município.

Do total estimado, cerca de R$ 135 milhões se referem a obras de abastecimento de água, enquanto mais de R$ 382 milhões serão destinados à ampliação da rede de esgoto. O levantamento também aponta a necessidade de modernizar a infraestrutura de abastecimento, com a construção de uma nova estação de tratamento e estruturas mais seguras para enfrentar períodos de cheias.

Hoje, menos de 3% do esgoto de Lajeado é tratado, percentual que precisará chegar a 90% até 2033 para atender às exigências legais. Para o engenheiro especialista em gestão integrada de saneamento, César Arenhart, além da baixa cobertura, a fragmentação operacional do sistema é um dos principais desafios.

“Hoje, dentro da área urbana, há ruas atendidas pela prefeitura, outras por associações e outras pela Corsan. Essa pulverização dificulta o controle de perdas, o uso eficiente de energia e o monitoramento da qualidade da água”, explica.

O estudo também prevê a indenização das associações responsáveis por parte do abastecimento. A estimativa é de cerca de R$ 10 milhões, com base em planilhas técnicas que consideram depreciação de ativos e custos operacionais. No caso da Corsan, o valor calculado é de aproximadamente R$ 124 milhões, em função da quantidade maior de estruturas, como captações, reservatórios e redes de distribuição.