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Governo beneficia Marabá com moderna estação de tratamento de água e esgoto

15/05/24

Governo beneficia Marabá com moderna estação de tratamento de água e esgoto

Rosivaldo Almeida / Agência Pará

Os dados mais recentes sobre a população paraense colocam a cidade de Marabá, na região sudeste estadual, entre as cinco mais populosas do Pará, com mais de 266 mil habitantes. O crescimento foi superior a 14% em relação ao levantamento feito em 2010.

Além da quantidade de moradores, os números do Censo do IBGE são base para planejamento e ampliação de serviços públicos voltados à qualidade de vida dessa população, como o saneamento básico.

​Para garantir o atendimento de demandas nessa área, a Companhia de Saneamento do Pará (Cosanpa) mantém, em Marabá, sistemas de captação, tratamento de aproximadamente 2 milhões de litros de água por hora distribuídos para mais de 25 mil imóveis, além de umas das Estações de Tratamento de Esgoto (ETE) mais modernas no estado.

​Com cinco elevatórias que bombeiam os resíduos coletados dos pontos mais baixos para o mais alto e para o tratamento, a Estação conta com suporte para retirada dos materiais sólidos descartados incorretamente na rede. Durante o fluxo de tratamento, o líquido gerado é separado e direcionado para dois módulos com oito biodigestores, em que colônias de bactérias fazem o tratamento anaeróbio de limpeza da água.

​Coordenador técnico da Cosanpa no município, Leonardo Lima explica a importância da infraestrutura para a oferta de esgotamento sanitário aos moradores. “Hoje, Marabá conta com uma das estações de tratamento de esgoto mais modernas do estado. Isso é um avanço nos investimentos em saneamento e nosso objetivo é que cada vez mais residências sejam interligadas ao sistema de esgoto para evoluirmos ainda mais no atendimento ao saneamento básico no município”, explica Leonardo.

​Além da separação de resíduos e tratamento de esgoto, o funcionamento da ETE em Marabá possibilita o desenvolvimento de projetos de pesquisa voltadas ao reaproveitamento de outras substâncias geradas no curso dos resíduos, como lodo e gás metano. “Após o tratamento feito por meio de bactérias, conseguimos separar outras substâncias para tratamento e reaproveitamento junto com universidades na geração de subprodutos como tijolos orgânicos, adubo orgânico e outros materiais possíveis”, acrescenta Leonardo.

​Investimentos

Com captação feita a partir do rio Tocantins, a Estação de Tratamento de Água (ETA) de Marabá, recebeu melhorias em equipamentos de captação e bombeamento que fortaleceram o serviço na cidade. Os trabalhos foram realizados durante o último mês com a atuação de equipes em Marabá e em Belém na manutenção e correção de dispositivos do sistema, que ampliaram a capacidade de distribuição de água para diferentes pontos da cidade.

​Sobre as melhorias no sistema local, Leonardo pontua o trabalho para garantir a qualidade do líquido distribuído. “São quase 2 milhões de litros de água produzidos por hora. Como ela vem rio, é cíclica. Às vezes vem mais limpa, outras com mais resíduos sólidos. Por isso, a Estação tem todos os processos para garantir que essa água seja distribuída com uma qualidade”, detalha Leonardo Lima

​Presidente da Cosanpa, José Fernando Gomes Júnior explica que a ampliação do sistema de abastecimento de água de Marabá, assim como nos demais municípios atendidos pela Cosanpa, é um dos objetivos da Companhia. “As parcerias com o Governo do Estado e o Governo Federal têm sido fundamentais para continuarmos planejando e executando projetos que contribuam para o fortalecimento e universalização do saneamento nos municípios atendidos pela Cosanpa no Pará. A estrutura existente em Marabá é um exemplo desse trabalho”, avalia José Fernando.

​Uso consciente

Com a transição entre o período de chuvas e para o de altas temperaturas, Leonardo reforça a importância da mudança de alguns hábitos da população para evitar desperdícios principalmente nos períodos com pouca incidência de chuvas.

​“Marabá é uma a cidade tem um período chuvoso e um veraneio muito intensos, o que aumenta o consumo de água e consequentemente os desperdícios. Nesse período sem chuvas, a população tende a molhar ruas, lavar calçada e regar jardins com mais frequência, aumentando desperdícios e indicadores de consumo, o que afeta a distribuição”, diz Leonardo.

​O alerta se estende para o descarte de materiais inapropriados na rede de esgoto. “O esgotamento público é feito para resíduos sanitários e não químicos. Como é um tratamento biológico, resíduos químicos descartados nas residências ou indústrias podem comprometer todo o funcionamento da rede”, conclui o coordenador.

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