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Governo de São Paulo apresenta novo modelo de gestão hídrica para reforçar segurança e prevenir crises

30/10/25

Governo de São Paulo apresenta novo modelo de gestão hídrica para reforçar segurança e prevenir crises

Divulgação

O Governo de São Paulo lançou um novo modelo de gestão hídrica estadual, voltado a equilibrar a proteção dos mananciais e a qualidade no abastecimento de água à população. A metodologia, apresentada na última sexta-feira (24), foi detalhada pela secretária de Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística, Natália Resende, em entrevista ao programa SP em 3, 2, 1, da Agência SP. Segundo a gestora, o objetivo é aumentar o planejamento, a transparência e a capacidade de prevenção das políticas estaduais de recursos hídricos.

“O objetivo é sempre ter a proteção dos nossos mananciais e, ao mesmo tempo, garantir o equilíbrio na qualidade da prestação dos serviços”, afirmou a secretária. Ela destacou que o modelo considera de forma integrada os períodos de seca, de chuvas e o próximo período de estiagem, permitindo ao governo agir com previsibilidade e adotar medidas preventivas para manter a segurança hídrica.

Faixas de criticidade e medidas graduais

O novo sistema de gestão estabelece sete faixas de acompanhamento, que representam diferentes níveis de criticidade. Cada faixa define medidas específicas para proteger os reservatórios e assegurar o abastecimento. Entre elas estão a gestão de demanda noturna e a redução temporária da pressão na rede. Apenas em situações extremamente críticas, o modelo prevê a adoção de rodízio no fornecimento de água e o envio de caminhões-pipa para serviços essenciais.

“O escalonamento das medidas permite que o Estado atue de forma proporcional à contingência, fortalecendo o planejamento e a prevenção”, explicou Natália Resende. A metodologia também incorpora critérios técnicos para garantir estabilidade aos sistemas de reservação do Sistema Integrado Metropolitano (SIM), responsável pelo abastecimento da Região Metropolitana de São Paulo.

Aprendizado da crise de 2014 e 2015

A secretária ressaltou que o cenário hídrico atual é mais seguro do que o registrado durante a grave crise de abastecimento enfrentada em 2014 e 2015. “Hoje o cenário é muito diferente, porque temos uma resiliência muito maior do nosso sistema”, disse. Parte dessa resiliência, segundo Natália, se deve à execução de obras estruturantes, como a transposição Jaguari-Atibainha, o Sistema São Lourenço e a ampliação da Estação de Tratamento de Água do Rio Grande. Essas intervenções aumentaram a integração entre os sistemas e ampliaram a capacidade de resposta em momentos de estiagem.

No início deste ano, o governo entregou uma ampliação de 400 litros por segundo na Estação do Rio Grande, com previsão de adicionar mais 500 litros por segundo até o próximo ano. Ao todo, os investimentos, realizados por meio do novo contrato da Sabesp, devem acrescentar 5.700 litros por segundo ao sistema.

Ações em outras regiões do estado

Além das medidas no sistema metropolitano, o Estado tem investido em reforço à segurança hídrica em diferentes regiões. Entre as ações estão o desassoreamento de mais de 150 cursos d’água e a construção das barragens de Amparo e Pedreira, que devem beneficiar mais de 5,5 milhões de pessoas na região de Campinas.

Desde 2023, o governo estabeleceu uma estratégia climática que combina governança robusta com ações de curto, médio e longo prazo, sempre priorizando planejamento e transparência. Os investimentos realizados por meio do Fundo Estadual de Recursos Hídricos (Fehidro) superam R$ 650 milhões desde o ano passado.

Compromisso com sustentabilidade e planejamento

Natália Resende destacou que todas as medidas reforçam o compromisso do Estado com a sustentabilidade e a segurança hídrica. “Estamos implementando um planejamento muito bem estruturado, com participação de todos os atores, para proteger nossos recursos e cuidar das pessoas”, afirmou.

O novo modelo representa um esforço conjunto do governo paulista para antecipar riscos, aumentar a eficiência do sistema e reduzir a vulnerabilidade da população a períodos de seca, fortalecendo a gestão hídrica do estado diante das mudanças climáticas e da crescente demanda por água potável.

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