O Governo Lula, por meio do Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional (MIDR), prevê investimentos superiores a R$ 400 milhões em infraestrutura hídrica na Bahia entre 2023 e 2026. Os dados integram o portfólio nacional de obras estruturantes que visam ampliar o acesso à água e garantir segurança hídrica permanente nas regiões semiáridas do país.

Na Bahia, os principais empreendimentos incluem a construção de adutoras e barragens, com destaque para:

Adutora da Fé – 1ª Etapa, com valor estimado em R$ 672 mil;

Adutora da Fé – 2ª Etapa, com previsão de R$ 112,8 milhões;

Barragem de Baraúnas, com aporte de R$ 57,6 milhões;

Barragem de Morrinhos, orçada em R$ 136,1 milhões;

Barragem do Rio da Caixa, com investimento previsto de R$ 113,7 milhões;

Canal do Sertão Baiano – Trecho Salitre RC-500 a CP-5C0/2, com recursos estimados em R$ 125,7 milhões.

Esses investimentos fazem parte de um pacote mais amplo da nova política de segurança hídrica nacional, anunciada em 2023, que contempla 68 obras públicas em todos os estados do Nordeste, totalizando mais de R$ 10,4 bilhões em recursos.

Entre os destaques dessa política está a Barragem de Oiticica, no Rio Grande do Norte, com capacidade de abastecer cerca de 2 milhões de pessoas no Sertão do Seridó potiguar. O empreendimento foi inaugurado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva em 19 de março de 2025, após décadas de espera e ajustes para atender às demandas da população local.

Segundo o ministro da Integração e Desenvolvimento Regional, Waldez Góes, a nova fase do programa “Água para Todos”, integrante do Novo PAC, será acompanhada de perto pelo governo federal. “Nos próximos dias iniciaremos a Caravana das Águas, para vistoriar as obras em todos os estados do Nordeste”, declarou o ministro, acrescentando que busca envolver o presidente Lula em algumas dessas visitas técnicas.

O ministro também destacou que a atual gestão teve de corrigir falhas herdadas da administração anterior, incluindo bombas danificadas e orçamento insuficiente no Projeto de Integração do Rio São Francisco (PISF). “Recuperamos as estações de bombeamento, recompusemos o orçamento e restauramos a capacidade de envio de água para os estados beneficiados”, explicou Giuseppe Vieira, secretário nacional de Segurança Hídrica.

A atuação coordenada entre Executivo federal, estados e parlamentares também foi decisiva. Durante a inauguração da barragem de Oiticica, o presidente Lula afirmou: “Quando assumi o governo, não havia nenhum centavo no orçamento para essa obra. Com apoio dos governadores, deputados e senadores, conseguimos mobilizar os recursos necessários”.

Além da Bahia e do Rio Grande do Norte, a política de segurança hídrica contempla obras como o Ramal do Salgado, no Ceará, a Adutora do Agreste, em Pernambuco, a Adutora do Seridó, também no RN, e o Ramal do Apodi, na Paraíba — todas integradas à estratégia do Governo Federal de promover o acesso sustentável à água no Nordeste.