top of page

Maioria dos brasileiros diz que economia piorou sob Lula, mostra Datafolha

08/04/25

Maioria dos brasileiros diz que economia piorou sob Lula, mostra Datafolha

InfoMoney

banner osasco jogue lixo no lixo 970x250px 02 04 25.jpg

Eat

Pela primeira vez no terceiro mandato de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), a maioria dos brasileiros diz perceber uma piora na economia. É o que mostra a nova pesquisa Datafolha, divulgada neste sábado (5), apontando que 55% dos entrevistados avaliam que o cenário econômico se deteriorou nos últimos meses — alta de dez pontos percentuais em relação à sondagem anterior, feita em dezembro.

A deterioração da percepção ocorre em meio a indicadores econômicos mistos e aumento da inflação. A pesquisa foi realizada entre os dias 1º e 3 de abril de 2025, três semanas após a divulgação de que o país registrou uma inflação de 1,31% em fevereiro — a maior para o mês em mais de duas décadas.

O levantamento ouviu 3.054 pessoas em 172 municípios. A margem de erro é de dois pontos percentuais, para mais ou para menos.

Percepção negativa cresce entre jovens e mais ricos
A mudança mais significativa ocorreu entre aqueles que antes consideravam a economia estável: esse grupo caiu de 31% para 23%. Já os que viam melhora no cenário econômico permaneceram estáveis, com 21% das respostas.

Entre os segmentos mais críticos à condução da economia, destacam-se os jovens de 16 a 24 anos (61%), quem ganha acima de dez salários mínimos (60%) e os que estudaram até o ensino médio (60%).

Futuro econômico também inspira cautela
Quando o foco se volta para os próximos meses, o pessimismo segue em alta. 36% acreditam que a economia vai piorar, ante 28% na pesquisa anterior. Outros 32% não esperam mudanças, e apenas 29% mantêm expectativas de melhora.

Apesar do avanço da visão negativa, o pessimismo com a inflação perdeu força: 62% dizem esperar alta nos preços nos próximos meses, uma queda de cinco pontos em relação a dezembro. O grupo dos que acreditam em queda da inflação passou de 9% para 14%.

Renda e emprego: descrença persiste
O poder de compra dos salários também é motivo de preocupação para os entrevistados: 37% acreditam que o valor real dos salários deve cair — uma leve melhora frente aos 39% do levantamento anterior.

Já em relação ao mercado de trabalho, a percepção popular contrasta com os dados positivos do IBGE e do Caged. 43% acham que o desemprego vai aumentar, 33% esperam estabilidade e apenas 21% acreditam em melhora.

A visão negativa acontece apesar de os indicadores oficiais mostrarem resiliência: a taxa de desemprego subiu para 6,8% no trimestre encerrado em fevereiro, mas ainda está em patamar historicamente baixo. O Caged, por sua vez, registrou a criação de 431 mil vagas formais no mesmo período — um recorde na série iniciada em 2020.

bottom of page