R$ 12 bilhões devem ser investidos para universalizar saneamento

Mais de quinhentas obras que buscam reforçar o fornecimento de água tratada e ampliam a cobertura de esgoto no Paraná estão em andamento. Segundo a Sanepar, em 2025, está previsto um investimento de dois bilhões de reais em recursos para obras que integram o plano da universalização do saneamento, até 2029.

Para a diretora de Investimentos da Sanepar, Leura Conte de Oliveira, apesar dos desafios, existe um ganho relevante na saúde pública.

Entre as grandes obras em volumes de recursos em andamento, no Paraná, está a ampliação da Estação de Tratamento de Esgoto (ETE) Atuba Sul, que beneficia mais de um milhão de moradores da região Leste de Curitiba e de cidades da Região Metropolitana.

O investimento, que é de R$ 375 milhões, torna o sistema de tratamento mais eficiente, atendendo novos padrões ambientais, além de um incremento de 40% na capacidade operacional. Além das obras na capital e região metropolitana, outros municípios no estado também estão recebendo intervenções.

Na cidade de Rio Bom, no Vale do Ivaí, está sendo implementada uma moderna estação de tratamento de esgoto (ETE) e 10 km de tubulações, entre rede de coleta, interceptores e emissário. O município tem ainda obra de reforço na distribuição de água, na região central, e uma obra, em parceria entre a Sanepar e a Prefeitura, para melhorar o abastecimento da comunidade rural Água do Godoy.

O investimento total previsto passa dos R$ 15 milhões. Para o prefeito, Moisés Andrade, o investimento marca uma virada de chave na qualidade de vida da população.

Na cidade de Castro, nos Campos Gerais, também está sendo implantada uma nova captação no Rio Iapó, com elevatória, adutoras e novo módulo da estação de tratamento de água, incluindo anéis de reforço. As obras dobram a capacidade local de produção.

Os recursos são de R$ 50 milhões e garantem a infraestrutura necessária para o desenvolvimento econômico e social. O prefeito da cidade, Reinaldo Cardoso, destaca que, pelos próximos 30 anos, a previsão é que a cidade não tenha dificuldades com saneamento.

Nos próximos cinco anos, a companhia deve aplicar R$ 12 bilhões na ampliação do atendimento com coleta e tratamento de esgoto. Esses investimentos são tanto para bairros isolados em cidades grandes, com topografia difícil, quanto nos pequenos municípios, onde os ganhos concentram-se no desenvolvimento social.

Isto é, empreendimentos complexos, caros e com baixo retorno financeiro, mas que contemplam o propósito de levar saúde e sustentabilidade para a sociedade.