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SBSP3: por que as ações da Sabesp seguem entre as preferidas do BBI após privatização

16/10/24

SBSP3: por que as ações da Sabesp seguem entre as preferidas do BBI após privatização

Freepik

O Bradesco BBI atualizou as suas projeções para a Sabesp (SBSP3) após sua privatização e antes dos resultados do 3T24, a serem divulgados em 14 de novembro.

O banco revisou o preço-alvo, de R$ 109 por ação em 2024 para R$ 124 para 2025, o que implica em um potencial de alta (upside) de 38% em relação ao fechamento de segunda-feira (14). A recomendação segue outperform (desempenho acima da média do mercado, equivalente à compra).

Para os analistas do BBI, notavelmente, enquanto os mercados brasileiros continuam enfrentando ventos contrários macroeconômicos, a tese de investimento da Sabesp é uma das mais sólidas entre as concessionárias de energia e saneamento, com regulamentações robustas para dar suporte ao crescimento orgânico acentuado (implantação de capex + cortes de opex). •

No preço atual, o banco vê a SBSP3 sendo negociada a um múltiplo EV/RAB (EV = enterprise value, ou valor de mercado + dívida líquida”; RAB = base de ativos regulatórios) para 2025 de apenas 0,89 vez.

“Em nosso preço-alvo, a Sabesp seria negociada a cerca de 1,14 vez o EV/RAB”, avalia o banco, o que o BBI não vê como exagero. A projeção para o Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações) é de uma Taxa de Crescimento Anual Composta (CAGR) entre 2025-2030 de 15% impulsionado por, entre outras coisas: (i) crescimento da receita/RAB, já que a Sabesp implanta um capex (investimentos) de cerca de R$ 80 bilhões até 2029; e (ii) cortes de opex (despesas operacionais) de -30% até 2028 (caso base do BBI) versus níveis pré-privatização.

Após a sua recente privatização, o sucesso da história de investimento da Sabesp é baseado na nova gestão nomeada pela Equatorial (EQTL3), acionista de referência, ser capaz de entregar a execução do plano de capex para atingir a universalização até 2029, ao mesmo tempo em que reduz o opex.

Embora o novo CEO, Carlos Piani, e o novo CFO, Daniel Szlak, tenham assumido a empresa faz pouco tempo, o foco inicial provavelmente será a execução do plano de capex e retenção/atualização de pessoas/força de trabalho, o que acabará falando sobre o alinhamento de uma parte muito importante da nova governança corporativa da empresa.

Em relação ao plano de capex (cerca de R$ 80 bilhões até 2029), o caso base é construído em entregar suas metas de universalização no prazo (sem penalidades significativas).

O BBI destacou ter falado com vários concorrentes da Sabesp antes da privatização e todos concordaram que a Sabesp era a melhor da classe em termos de ter a capacidade técnica para planejar o aumento acentuado do capex necessário para atingir a universalização.

Uma preocupação válida que surge frequentemente em relação ao capex é que pode haver alguma inflação de custos, já que o capex geral para o segmento de saneamento do Brasil é muito grande (Sabesp, Igua, Aegea têm elevado o capex).

“No entanto, não apenas o grande tamanho da Sabesp é uma vantagem nas negociações com fornecedores, mas também seu contrato/tarifa baseado em RAB fornece proteção (o capex prudente é adicionado ao RAB para obter retornos). Finalmente, no caso de disponibilidade mais restrita de equipamentos e/ou força de trabalho, temos poucas dúvidas de que os fornecedores provavelmente apoiarão a Sabesp como o principal consolidador do setor daqui para frente”, aponta o BBI.

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