top of page

Segurança hídrica e resiliência climática são destaques da participação da ANA na COP30

12/11/25

Segurança hídrica e resiliência climática são destaques da participação da ANA na COP30

gov.br

A superintendente de Estudos Hídricos e Socioeconômicos da Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA), Ana Paula Fioreze, apresentou nesta terça-feira, 11 de novembro, dois dos principais instrumentos desenvolvidos pela Agência para fortalecer a adaptação do Brasil à mudança do clima: o Índice de Segurança Hídrica (ISH) e o estudo sobre as enchentes de 2024 no Rio Grande do Sul. As participações ocorreram na AgriZone, espaço da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (EMBRAPA) na COP30, em Belém (PA), dedicado a iniciativas de agricultura sustentável, segurança alimentar e descarbonização da produção.

Adaptação climática

No painel “Medindo o que Importa: o Índice de Segurança Hídrica na Adaptação à Mudança do Clima”, Fioreze apresentou como o ISH, ferramenta criada pela ANA, mede a resiliência hídrica e climática do Brasil e orienta políticas públicas e investimentos. Esse índice transforma dados complexos sobre disponibilidade de água, demanda e vulnerabilidade socioeconômica em métricas objetivas, permitindo monitorar riscos, avaliar resultados e apoiar decisões baseadas em evidências.

“O que estamos fazendo agora é colocar a mudança climática dentro desse índice de segurança hídrica. Porque a mudança climática, o aquecimento da temperatura média global, o primeiro impacto que ele tem é sobre a água, é sobre o ciclo hidrológico. E isso afeta toda a quantidade de água disponível”, afirmou Ana Paula, destacando que o estudo utiliza modelos climáticos do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC, na sigla em inglês) ajustados à realidade brasileira.

A superintendente destacou que o ISH permite priorizar territórios críticos, direcionar investimentos estratégicos e harmonizar políticas públicas como o Plano Nacional de Segurança Hídrica (PNSH) e o Plano Nacional de Adaptação (PNA). O indicador também apoia a integração de dados regionais e a construção de uma governança sensível às desigualdades hídricas e climáticas entre regiões.

Lições das enchentes no Rio Grande do Sul

No painel seguinte, Construindo um Futuro Mais Resiliente – Estudo de Caso das Enchentes de 2024 no RS, Ana Paula Fioreze apresentou os resultados da atuação da ANA após o desastre climático que atingiu 478 municípios gaúchos e mais de 2,4 milhões de pessoas. Ela ressaltou que o evento foi um divisor de águas para a política de gestão de riscos no Brasil.

A Agência atuou desde o primeiro momento, restabelecendo 18 das 19 estações hidrológicas danificadas e criando o Grupo Técnico de Assessoramento (GTA-RS), em maio de 2024. O grupo elaborou diretrizes técnicas incorporadas pela Casa Civil à Resolução nº 3/2025, que tornam obrigatória a consideração dos novos parâmetros hidrológicos nos projetos de reconstrução.

As análises mostraram que eventos como o de 2024 são hoje duas vezes mais prováveis e até 20% mais intensos do que no passado. As recomendações do GTA-RS incluem atualizar critérios de projeto, fortalecer redes de monitoramento e sistemas de alerta, e integrar soluções baseadas na natureza. O painel também contou com a participação do diretor do Departamento de Recursos Hídricos e Saneamento do Governo do Rio Grande do Sul, Carlos José Sobrinho da Silveira.

Sobre a COP30 

A COP30 é a 30ª Conferência da Organização das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (Conferência das Partes), um encontro global anual no qual líderes mundiais, cientistas, organizações não governamentais e representantes da sociedade civil discutem ações para combater as mudanças do clima. É considerado um dos principais eventos do tema no mundo e esta edição será realizada em Belém (PA) de 10 a 21 de novembro. 

Assessoria Especial de Comunicação Social (ASCOM)
Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA)
(61) 2109-5129/5495/5103

bottom of page